segunda-feira, 30 de abril de 2018

{{BEDA #30}} - Resenha #77: Thunderbolts - Fé em Monstros - Warren Ellis & Mike Deodato

Oisss!
Nem vou me demorar, resenha de HQ é difícil, e as minhas são longas, hahah.

Bora lá?

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SINOPSE: Numa época em que a América perde a fé nos super-heróis, os Thunderbolts, ex-vilões sob o comando de Norman Osborn, nunca foram tão vitais. No entanto, as coisas não vão muito bem na Montanha dos Thunderbolts, pois conflitos internos ameaçam a ruptura do grupo. Com a equipe em alta nas pesquisas de opinião pública, a América está pronta para aceitar seus novos salvadores. Mas será que os Thunderbolts estarão à altura desse desafio?

     Então, essa foi uma das HQ’s mais difíceis que eu já li. Os acontecimentos dessa trama ocorrem pouco depois de os heróis terem duelado e ficado em lados opostos na famigerada Guerra Civil, deixando Capitão América e Homem de Ferro em lados opostos pela primeira vez. A população estava desacreditada dos heróis, mas, o governo foi muito filho da mãe ao colocar os vilões como “policiais”, como cuidadores da população. Sabe aquele famoso ditado que diz “dê ao homem poder e ele lhes mostrará a verdadeira face”? Pois é, dar poderes aos vilões não pode ser uma boa escolha. Enfim, depois da Guerra Civil, aconteceu exatamente isso, os Thunderbolts liderados por Norman Osborn – um cara que ama poder, venhamos e convenhamos – conta com um time poderoso de supervilões: Soprano, Venon, Mercenário, Homem Radioativo, Suplício, Espadachim E Rocha Lunar como líder de campo. Apesar de serem assassinos e psicopatas, essa superequipe de vilões é financiada pelo governo e tem plenos poderes para fazer o que quiserem, apenas Mercenário é desconhecido pelo público, e ninguém faz nem ideia de que ele está na equipe, pois, só é usado em casos extremos. 

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 O público está aceitando bem os vilões, pois eles se mostram abnegados e altruístas. Alguns não querem fama de super-heróis nem ao menos desejam a redenção, mas, aceitaram o trabalho pois dessa forma poderiam infligir sofrimento aos heróis que não se registraram no programa do governo. Mas, as coisas são estranhas, apesar de eles serem um time, um vive tentando derrubar o outro. Venon e Mercenário querem a ruína de Osborn, Rocha Lunar quer o controle do grupo e Espadachim quer o clone de sua irmã que já morreu que é mantida pelo líder. Apenas Suplício está no time em busca de redenção, pois desde a destruição de Stamford durante a Guerra Civil, ele está estressado e como castigo, precisa estar nesse grupo. Fora que Osborn nada besta, tem o controle total de seus liderados: foram injetados com uma nanotecnologia – exceto Suplício e Rocha Lunar – que garante que eles vão cumprir ordens. Caso eles desobedeçam, os nanorobôs são ativados e paralisa – ou mata – o transgressor.

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 Os caras estão tocando o terror geral na cidade e usando de manipulação de imagens para que o público veja o que eles querem que o público veja, e não a verdade. Por exemplo, ninguém vê o simbionte devorando o braço do Aranha de Aço, a luta brutal entre Mercenário e Jack Flag, mas, todos veem como os heróis que não aceitaram se registrar são perigosos para a população. Um cara que é pego de surpresa em uma briga vai fazer o quê? Se defender, certo? Isso acontecia, mas, as imagens eram manipuladas para que as pessoas pensassem que os heróis que atacavam os Thunderbolts à paisana. E é isso que tem acontecido, um caos que só!


     Assim como tudo tem o lado bom e o lado ruim, vimos diversos gibis trazendo os dilemas dos heróis e tals, mas, ver os vilões transformados em heróis é bem interessante, pois, temos um outro lado para torcer. Na verdade, apesar de eu ser bem do contra, eu não simpatizo com os vilões da Marvel, hahaha. Acho que quanto menos você gosta do vilão, mais prova que ele é bom. Por exemplo, detesto Norman Osborn, o que me faz crer que ele é um ótimo vilão... Deu pra entender? Ahahaha... Mas, não gostei muito dessa HQ, não. Ela é importante para dar sequência no enredo, eu sei, mas, achei um tanto enfadonho.

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 Enfim, as coisas continuam ruins, cada vez piores, e notamos que o governo foi muito, muito, mas, muito infeliz em obrigar os heróis a divulgarem suas identidades. Como eu disse na minha resenha de Guerra Civil, eu entendi os dois lados defendidos, entendi os motivos de Stark para ficar a favor do governo, e entendi os motivos de Rogers por não apoiar essa campanha. O problema é que ninguém tinha noção da proporção que isso tomaria. E agora? Cada ação gera uma reação, certo? E com toda essa bagunça acontecendo, como será que o governo americano vai fazer para retomar o controle total de seu país? Fora que o desfecho do Mercenário foi INCRÍVEL!!! Acho que era exatamente o que ele merecia.... Ou precisava! Noss, como eu sou má, hahahahah... Para saber o que aconteceu com Mercenário, só lendo, rs!

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 As cenas possuem tons bem escuros, para dar uma sensação de sufoco e aquele tom sombrio que essa trama pede, sabe. O ilustrador Mike Deodato (que é brasileiríssimo, da Paraíba) deu um show nas imagens para esse encadernado. Falando nisso, uma coisa que eu achei demais, é que em uma das cenas, ele colocou uma imagem dele mesmo sendo entrevistado pelo Jô soares, gente. Sério, não tô zoando, se não acredita, olha aqui embaixo e me diz se não é o Jô! Clica na foto e aumenta pra ver um detalhe na caneca! Já o roteiro fica por conta de Warren Ellis e num geral é bom, mas, eu não gostei muito como disse ali em cima. Porém, preciso destacar que algumas sacadas são muito da hora. Era engraçado por exemplo, quando alguém falava sobre aranhas perto de Osborn, qualquer coisa que levasse o nome “aranha” fazia o cara ter um ataque, isso era engraçado, hahahah. Ri muito nessas cenas!

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 Enfim, galera, jogo a batata nas mãos de vocês. Leiam lá e depois me contem o que acharam. Ou quem já leu, me conta também. Quero interação, rs.

Vou ficando por aqui!


Thunderbolts: Fé em Monstros – Warren Ellis & Mike Deodato. Editora Salvat do Brasil, 160 páginas. Ah, recomendo para dar continuidade do enredo, mas, particularmente, não curti.

    E obrigada por ficarem comigo durante esses trinta dias, povo. Apesar de atrasar alguns posts, cumpri com meu papel, rs!


    Semana que vem eu volto, ok?

Beijos e queijos!

domingo, 29 de abril de 2018

{{BEDA #29}} Poema Sobre a Vida

    Olá, amores!

Esses últimos dias falei com vocês sobre problemas, sobre pessoas amadas e nunca esquecidas. Ou seja, sobre a vida. E achei esse poema fofo e quis compartilhar com vocês.

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Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm um instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde demais...

Enfim...

Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem para dizer o que tem que ser dito...

O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...

(Autor Desconhecido)

   Então era isso, amores!

Deixo vocês com as mãos do filme Orgulho e Preconceito de 2005.

Beijooo
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{{BEDA #29}} TAG: By The Book

     Aêêêêêêê....

Passando hoje trazendo mais uma TAG da hora que o Explorador Literário me marcou lá no Instagram. A TAG consiste em responder perguntas básicas sobre nosso dia a dia literário.

Bora lá?

1. Que livro está na sua cabeceira?

Minha Bíblia, sempre. É o primeiro livro que leio ao me levantar.

2. Qual foi o último livro realmente bom que você leu?

Noss, tenho lido livros ótimos, mas, vou ficar com Apelidos Carinhosos, do Guilherme Olí. Simplesmente genial!

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3.  Se você pudesse encontrar um escritor vivo ou morto, quem seria?

Eu acho que já disse isso aqui em algum momento, mas, adoraria conhecer JM Barrie (Peter Pan) e a Lygia Fagundes Telles, que é uma diva!

4. Qual livro ficaríamos surpresos de encontrar em sua estante?

Os Segredos das Mulheres Inteligentes, Steven A. Carter e Julia Sokol. Não gosto de autoajuda, mas, esse livro é muito bom.

5. Como você organiza sua biblioteca pessoal?

Tirando as sagas, sempre por ordem alfabética. 

6. Qual livro você já deveria ter lido?

Razão e Sensibilidade, de Jane Austen. Faz mó cota que está na estante esperando para ser lido, rs.

7. Um livro que te desapontou?

A saga Encantadas. Fiz tanto para ler e foi uma agonia cada minuto lido.

8. Que tipos de histórias chamam sua atenção?

Distopias, aventura e ficção.

Então, até amanhã.

Beijooooo


sábado, 28 de abril de 2018

{{BEDA #28}} O Poeta do Hediondo - Augusto dos Anjos

Sofro aceleradíssimas pancadas
No coração. Ataca-me a existência
A mortificadora coalescência 
Das desgraças humanas congregadas!

Em alucinatórias cavalgadas,
Eu sinto, então, sondando-me consciência
A ultra-inquistorial clarividência
De todas as neurona acordadas!

Quanto me dói no cérebro esta sonda!
Ah! Certamente eu sou a mais hedionda
Generalização do Desconforto...

Eu sou aquela que ficou sozinho
Cantando sobre os ossos do caminho
A poesia de tudo quanto é morto!

Resultado de imagem para o poeta do hediondo
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sexta-feira, 27 de abril de 2018

{{BEDA #27}} Dica de Livro: Vale do Aventureiro, o Menino Sumido e a Onça Feroz - Lígia Dantas

    Hello, it's me...

Passando hoje para trazer uma dica de livro maravilhosa da autora querida parceira do blog, Lígia Dantas. Já conhece? Aeeee.... Não conhece? Iiiii.... Bora conhecer, então!


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 SINOPSE: Dois irmãos, Bruno e Manuela, já no limiar da adolescência, retornam nas férias para a fazenda Vale do Aventureiro e reencontram velhos amigos, Rosinha e Chico, filhos de um casal de empregados da fazenda. Na companhia de um corajoso cão, eles se envolvem em uma aventura surpreendente, relacionada ao passado misterioso do lugar. A caçada a uma onça e o sumiço de um menino são segredos guardados a sete chaves, mas prestes a serem desvendados pelos aventureiros. Uma aventura eletrizante, na qual a amizade supera barreiras sociais e culturais, destaca a preservação da natureza e que começa entre as montanhas de Minas, no Vale do Aventureiro.

     Li ano passado com meus alunos esse livro e confesso que foi muito divertido! Não sei quem gostou mais, as crianças ou eu, rs.

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      O livro nos conta a história de quatro crianças que se envolvem em uma aventura para descobrir um mistério. Muitos anos antes do pai dos meninos comprar a fazenda, ali morava um menino que sumiu. Simplesmente sumiu, desapareceu! Os meninos então começam a investigar a situação, colher depoimentos com pessoas que moram na região há muitos anos, e conseguem progressos. Simultaneamente, uma onça começa a atacar os rebanhos das fazendas, e os fazendeiros querem matar o bicho de todo jeito, porém, a mãe de Manu e Bruno lhes ensina que matar um animal selvagem é crime, e que o IBAMA precisa ser avisado.

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     Muita coisa diferente e estranha acontece nesse meio tempo, e os quatro garotos ao mesmo tempo que se divertem, se assustam um bocado com as investigações. Vale do Aventureiro é aquele típico livro que após terminar de ler, bate aquela saudade da infância, de como eramos inocentes, como eramos felizes e não sabíamos, rs. Um dia quero conhecer essa fazenda, rs.

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     Agora, sabe de um negócio bem legal? A Prefeitura de Juíz de Fora adaptou esse livro como paradidático, e todas as escolas da cidade tem a oportunidade de conhecer mais sobre essa super trama. A Lígia visita as escolas e cada vez mais mostra seu lado autora aflorando. Li, sua linda, beijos pra você!

O Vale do Aventureiro, o Menino Sumido e a Onça Feroz - Lígia Dantas Lopes. Independente, 140 páginas. Vale muuuuuito a pena!


Beijooooo

quinta-feira, 26 de abril de 2018

{{BEDA #26}} Resenha #76: Apelidos Carinhosos - Guilherme Olí

     Hi everyone!
Esse ano muita coisa boa tem acontecido, entre elas, a oportunidade de parcerias incríveis para o blog. Um desses parceiros que tive a oportunidade de conhecer, foi o Guilherme Olí, aquele fofo. Me inscrevi na seleção, e entre os poucos escolhidos, lá estava eu, e quase chorei de emoção quando o livro chegou aqui em casa, e hoje quero trazer um pouquinho dele para vocês.

Bora lá?

SINOPSE: Uma campanha de dentro de um jornal nasce de uma conversa entre amigos que lá trabalham. E, mais do que conhecer a história por trás de apelidos carinhosos, veja como relatos alheios podem mudar a vida de Roberta e Pedro.
Este é um livro de histórias rápidas e leves, para se devorar em poucas horas ou para ler aos poucos. Divirta-se da forma que preferir!

   
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 Confesso que me deu a maior nostalgia lendo esse livro... Sabe porquê? Simplesmente por que me lembrou um monte de pessoas maravilhosas que fizeram parte da minha vida que em algum momento recebeu um apelido carinhoso - ou me deu um apelido carinhoso, rs. Menos na infância, naquela época era só bullying mesmo, hahahah. Minha sobrinha Michele, virou Michele Fracote. Eu era Tanajura e não preciso explicar os motivos disso. Mas, quando saí de casa e fui embora pro RS, conheci umas pessoas incríveis. Minha melhor amiga Fábia, eu a conheci durante a viagem pra lá, estávamos indo em uma equipe para trabalhar, e em determinado momento precisamos descer do busão por falha técnica, e me apresentaram para ela. "Essa é a Máfia!", disse uma das meninas. Ela apenas sorriu. Máfia! Teve também o DK, que era um cara muito legal, ria muito com ele. O tempo passou, conheci o Coroinha, o Rádio, Marquito (que saudade do Marquito), o Cabeça de Lata, o Dedé... Um ano e meio se passou enquanto ainda estava lá. Na minha equipe tinha o Barney, o AlicaTÊ, me apaixonei pelo Superboy - somebody saaaaave meeeee, hahahah - e virei a "Ciçacode", apelido dado pelo Tinga. Voltei pra SP, conheci o Brutus, a Matraca, a Bilu-Bilu, o Maranhão - por que será que ele era chamado assim? Hahahah... Nessa época conheci a Nani, mas, ainda não tinha tanta intimidade com ela, só a chamava de Pantera. Até porque ela era adolescente, eu tinha esperanças que ela crescesse. Ela não cresceu, e eu como a boa adulta dez anos mais velha que sou, quando ela fez 18, já estava maior de idade e podia aguentar um apelido carinhoso. Nanica era muito forte, então, Nani, hahahah. 

     Meu ex-cunhado se chamava Manoel, Mané. Só que no bairro onde morávamos tinham outros dois Manés - isso ficou engraçado, hahaha - e não dava pra chamar de Mané do Norte por que os três eram lá de cima do mapa. Resultado? Ele virou o Mané Farinha, pois farinha de mandioca era o mesmo que néctar pra ele. Aí era engraçado quando alguém perguntava onde morava o Mané: "Qual deles? O Mané Farinha, o Mané Caroço ou o Mané Curiango? Minha irmã se separou do Mané uns anos atrás, e já é casada novamente com o Velhinho. Infelizmente o Mané faleceu um dia após as gêmeas da Mika - sim, a Michele Fracote, rs - nascerem, então, ele não viu que a Sofia Farinha é a cara dele, rs. A irmã dela? Mulher Maravilha, pois se chama Diana.

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    Apelidos Carinhosos fala exatamente disso, de pessoas que deram apelidos para outras em determinadas situações da vida. Beta e Pedro são melhores amigos, trabalham juntos na redação de um jornal. Os dois sempre saíam para beber e falar mal do chefe ou falar sobre seus relacionamentos. Um dia, tiveram a conversa sobre apelidos carinhosos, mas, não algo do tipo "Vidinha", "Chuchu" e "Mozão", eles queriam histórias reais. Beta lançou a ideia para seus chefes, que curtiram e ela passou a receber as mais hilárias histórias sobre momentos e apelidos que as pessoas davam umas para as outras. Me diverti muito enquanto li, e se eu for contar qualquer história aqui, vou estar tirando a graça de vocês, é necessário ler para entender. 

"É engraçado pensar que quando vemos um fato de apenas um lado nem sempre conseguimos enxergar toda a verdade que ele traz. Para mim, o Entrão era um velho abusado e fuxiqueiro se metendo na minha vida. Enquanto isso, ele estava ali tentando oferecer algo especial para a esposa. Muito louco, né?" (p. 45, Entrão)

    Conheci nesse livro o Entrão, a Dercynha - melhor de todas, rs - a 7X1, Radar - rachei o bico com essa história, hahahahah -, a Quêi-Di, a Menina da Carona.... Gente, não posso falar mais, leiam, por favor, POR FAVOR!!!

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    Como eu disse ali em cima, a Dercynha foi a melhor história de todas, então, vou contar mais ou menos: como a tia era desbocada, chamavam ela de Dercy, por causa da Dercy Gonçalves, e ela simplesmente odiava isso. No auge dos 102 anos, o marido com 99, vivia se gabando de ser mais novo, mas, estava mais acabado que ela, estavam juntos desde que ela tinha 18. Se separaram todos os anos, e fizeram as pazes todos os anos. O marido também a chama assim, mas, ela não pode esculachar com ele, mas, com qualquer outro, ela não está nem aí, ela zoa o barraco mesmo, até por que, de acordo com ela, tudo o que estão esperando, é que eles morram. 

"Os bisnetos, não, são tudo gente fina, viu, Ricardinho? Mas a netaiada, oh! Banana! Vão esperar sentados! Pra ter uma ideia, os filhos já foram todos pro saco. E meu velho e eu continuamos aqui.
Xingando todos, menos a morte. Essa tem que tratar bem que é pra não cismar de levar a gente por desacato.
Juntos, eu e o velho vamos chegr aos 500 anos!
E o resto da família que se #*&% de verde de amarelo!"

     Fala que ela não é demais? Hahahaahah.

Quero agradecer muito ao autor Guilherme Olí que confiou em mim para conhecer e apresentar essa obra maravilhosa - ele já está trabalhando em um segundo volume, viu? Ao menos é o que diz a orelha do livro, rs. Paulistano, da minha idade, além de autor, trabalha com projetos educacionais on-line. em 2014, Olí escreveu  Remoto e Improvável e tem diversos contos em coletâneas espalhadas por aí. Para conhecer mais sobre o autor, é só entrar em contato:

guilhermeoli.com
guiaugoli@gmail.com
facebook.com/guiaugoli

Té manhã, pessoas, beijoooo



quarta-feira, 25 de abril de 2018

{{BEDA #25}} - Dica de Livro: Garotas de Vidro - Laurie Halse Anderson

    Oie gente!
Passando hoje para falar sobre esse assunto, mas, demorei muito para criar coragem e falar por aqui, pois é um tema que mexe muito comigo.


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SINOPSE: Lia está doente e sua obsessão por magreza a deixa cada vez mais confusa entre a realidade e a mentira. Mas ela perde totalmente a noção quando recebe a notícia de que é melhor amiga, Cassie, morreu em um quarto de motel. E o pior: Cassie ligou para Lia 33 vezes antes de morrer.
O que começou como uma aposta das duas amigas para ver quem ficaria mais magra se tornou o maior pesadelo de duas adolescentes.
Ao negar seu problema, Lia impõe a si mesmo um regime cruel em que contar calorias não é o bastante. Ao omitir seu desespero, apela ao autoflagelo numa tentativa premeditada de aliviar seus tormentos. Os pais e sua madrasta tentam ajudá-la a qualquer custo, mas nem mesmo a sua doce irmã Emma, ​​consegue fazer com que ela pare de se destruir.
Agora, Lia precisa encontrar um modo de lidar com todos os seus fantasmas, e a morte de Cassie é um deles.
Garotas de Vidro é uma história intoxicante sobre autorrepugnância e uma busca pela identidade. Nesta obra, Laure Halse Anderson aborda uma condição dolorosa de jovens que sofrem de transtornos alimentares e sua relação complicada com o espelho e os mesmos.

     Como disse antes, esse é um tema que mexe muito comigo, já explico o motivo. Primeiro de tudo, acho que vale a pena afirmar que não é verdade que elas apostaram para ver quem ficava mais magra, foi uma resolução de ano novo. E uma delas disse, "aposto que fico mais magra que você", enquanto a outra rebateu: "Não, não vamos transformar isso em uma aposta, vamos emagrecer juntas." A questão é que uma tinha mais força de vontade que a outra, e cada uma escolheu um método errado diferente para emagrecer: Cassie vomitava. Lia não comia. Vemos aqui duas adolescentes escolhendo viver de maneira nada saudável para ficarem mais magras. Com o passar do tempo, os pais de Cassie descobriram que a filha sofria de bulimia e acusaram Lia de ser a grande incentivadora, e as meninas passaram de melhores amigas para simples conhecidas. Porém, quando Cassie estava na pior, ela procurou por Lia, mas, o orgulho da menina não permitiu que ela atendesse o telefone, e teria que viver com esse peso na consciência por toda a sua vida.

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      Para quem acha que esse é mais um livro modinha sobre suicídio, já adianto que não é. Cassie não se suicidou - eu pensei que se tratava de um suicídio, mas, a mãe de Lia é médica e ela atendeu Cassie no hospital. Sua filha exigiu saber o que tinha acontecido com a amiga, e quando a mãe contou, confesso que passei mal. Só adianto que foi por causa de bebidas. Horrível. Apesar de ser um livro curto, eu levei meses para ler, pois, era horrível passar por tudo junto com a protagonista, que desesperada para alcançar o peso ideal fazia as coisas mais absurdas. E quando finalmente alcançava o peso que queria, ainda se via gorda e queria pesar menos. Uma dieta de 500 calorias por dia já não era mais suficiente, ela precisava simplesmente parar. Parar com tudo, parar de comer, parar de viver.

"Minhas mãos leem um mapa em braile cortado a partir de ossos, começando por meus seios ocos alinhados com rios de veias azuis espessos como gelo. Eu conto minhas costelas como contas de um rosário, murmurando encantamentos, os dedos ondulando sob a gaiola óssea. Eles quase podem tocar o que está escondido dentro."

    É esse o tipo de linguagem o livro todo, e é agonizante.

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    Tive vontade de dar na cara de Lia, mas, depois fiquei pensando, quem sou eu para fazer isso? Vou contar uma coisa: eu não sou anoréxica por muita força de vontade, mas, eu tenho pensamentos anoréxicos o tempo todo. A família da minha mãe, tem tendência a obesidade, e eu tenho muito medo de engordar. Sempre que engordo um pouco, entro em desespero. Alguns de vocês sabem que estou com anemia, né? O motivo? Engordei muito e precisava emagrecer urgente. Que que eu fiz? Parei de comer, ué, não é isso que fazemos quando queremos emagrecer? E não é nem que eu não comia nada, eu até comia, mas, se ficasse o dia todo sem comer, não sentia fome, simplesmente, me esquecia que tinha de comer. E isso acontece há alguns anos... Só que nunca tinha repercutido de uma forma agressiva na minha saúde. Resultado? Tô tendo que tomar Sulfato Ferroso, aumentei a quantidade de ferro na refeição, mas, precisei diminuir um monte de outras coisas, pois, a anemia trouxe junto meu colesterol no limite. Não está alto, mas, pode vir a ficar se eu não cuidar. Tudo isso por que? Porque a bonita aqui parou de comer. Mas, eu falo que estou em uma fase tranquila até, quando estou muito estressada por causa do trabalho, comer fica difícil. Por isso foi tão agonizante ler Garotas de Vidro, me senti meio Lia, mas, com menos força de vontade. Preciso emagrecer, mas, não me mato com isso. Eu espero nunca chegar nesse ponto, peço a Deus que não. Mas, voltando ao foco, apesar de ser uma leitura um tanto quanto tóxica, Garotas de Vidro também mostra como a família é a base para tudo, e isso é o mais importante, é o que nos dá forças.

     Garotas de Vidro (Wintergirls) - Laurie Halse Anderson . Editora Novo Conceito, 272 páginas. A verdade nem sempre é o que enxergamos. Recomendo muito!

terça-feira, 24 de abril de 2018

{{BEDA #24}} TAG dos Opostos

     Olá, olá, olá
Hoje vim responder uma TAG, faz mó tempo que não faço isso. Essa Quem me marcou foi o Fernando, vulgo, Explorador Literário lá no Instagram, mas,  e eu convido a todos para conhecerem o espaço dele.

    A TAG consiste em responder perguntas a respeito de nós mesmos, assim, você podem me conhecer um pouquinho mais, que tal?

     Bora lá?

Adicionar legenda

1. Chá ou Café?

Na verdade verdadeira, prefiro chocolate, mas, fico com o chá, não suporto café.

2 Suspense ou Romance?

Depende muio suspense. Se for numa pegada mais para o terror, eu passo. Se for mais uma pegada policial, já me agrada. Romance eu não sou muito fã, não, mas, alguns me agradam bastante!

3. Livros físicos ou eBooks?

Aprendi a ler eBooks há pouco mais de um ano, e confesso que antes eu não gostava, mas, hoje em dia se tornou uma opção super viável. Porém, contudo, todavia, entretanto, nada como cheirinho de livro novo!

4. Mocinhos ou Vilões?

Apesar de bem fazer isso, sou sempre um favor do bem, mocinhos.

5. Com spoiler ou sem spoiler?

Sem spoilers, né gente! Ou então, faz como eu, spoilers sem gravidade, hahahahah.

6. Autores ou Autoras?

Se a escrita me agrada, sem preferência.


Então era isso, pessoal. Quem quiser responder, esteja à vontade!


Beijoooo!



segunda-feira, 23 de abril de 2018

{{BEDA #23}} Citações #3: Bem Mais Perto - Susane Colasanti


     Hey baby, hey baby, hey baby...
Trazendo algumas citações do livro resenhado essa semana, Bem Mais Perto. Se não conferiu a resenha ainda, clica AQUI para conferir.


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“Vida real não está limitada por dimensões precisas. Ela se estende além das fronteiras, vem com falhas. As coisas nunca são fáceis, particularmente quando você espera que elas sejam. Como quando as pessoas o desapontam e se mostram inteiramente diferentes do que você achou que eram” p. 33


“As pessoas destroem sua confiança e depois partem. Você nunca consegue conhecer alguém completamente, não importa o quanto ache que conheça. As pessoas sempre omitirão partes de suas vidas. Sempre haverá alguma verdade sobre elas que você nunca saberá. Ou talvez, algum dia, você conheça a verdade que elas escondem e vai concluir quer era melhor nunca ter descoberto” p. 47


“- É impressionante o que você vê quando olha para cima – diz ele. – Sempre olhe para cima!” p. 91


“Todos nós escondemos alguma coisa” p. 142


“-Mas sabe o que mais me irrita? Nem é em relação a mim. É como você consegue se desrespeitar sem nem se importar! Você tem este dom incrível e o joga fora. Gostaria de ter ao menos um pouquinho do seu talento. As coisas que levo horas para entender são tão fáceis para você! Não percebe o quanto é sortuda? Você poderia ser muito mais do que permite ser. Você é muito mais. Por que simplesmente não se permite ser quem você é de verdade?” p. 200


“A única pessoa com quem posso contar sou eu mesma. Criar a vida que quero só depende de mim. Não posso culpar meus pais, Scott ou qualquer outra pessoa pelo jeito que as coisas são. Agora que sei para onde esta vida está indo, é hora de decidir como que chegar lá” p. 204


“Mas que tal estar com alguém que me faça querer ser uma pessoa melhor? Que tal compartilhar minha vida com alguém que me adore tanto quanto eu o adoro, com quem possa contar sempre, que me ajude a encontrar o caminho quando estiver perdida?” p. 220


“Às vezes você só precisa de espaço para valorizar o que tem” p. 222


“Uma das coisas mais incríveis que pode acontecer é encontrar alguém que enxergue tudo o que você é e não a deixe ser nada menos. Essa pessoa vê seu potencial, percebe as infinitas possibilidades e, através dos olhos dela, você começa a se enxergar da mesma forma: como alguém importante, alguém que pode fazer a diferença neste mundo. Se você tiver a sorte de encontrar essa pessoa, nunca a deixe ir embora!” p. 236




domingo, 22 de abril de 2018

{{BEDA #22}} Poesia: Glória na Flor



    Hey babies...
Estou viciada em Criminal Minds. Assistia um ou outro episódio aleatoriamente e nessa brincadeira, esse mês já assisti quatro temporadas. E na terceira temporada me deparei com um episódio que continha um trecho desse poema citado pelo dr. Spencer Reid - amor por Matthew Grey Grubler. Achei fófis e trouxe para compartilhar com vocês!

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Que embora o brilho que já foi tão claro
Seja agora de minha vista levado
Embora nada possa trazer de volta a hora
Do esplendor na grama, da glória na flor
Não lamentaremos, mas sim encontraremos
Força no que ficou pra trás
Na simpatia primal
Que tendo sido, sempre serão
Os relaxantes pensamentos que brotam
Fora do sofrimento humano
Na fé que olha através da morte,
Nos anos que trazem o espírito filosófico.


(William Wordworth)



sábado, 21 de abril de 2018

{{BEDA # 21}} Resenha #76: Bem Mais Perto - Susane Colasanti


Oieeee.... Então pessoas, eu lhes trago hoje a resenha de um livro muito fófis que eu ganhei da minha amiga Quenia de aniversário em 2015. Confesso que quando ela me deu o livro, a primeira coisa que pensei foi: romance? Resultado: coloquei na estante e deixei lá por dois anos. Ano passado peguei pra ler e em três dias tinha terminado e estava encantada com essa trama.
   Bora lá?

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SINOPSE: Na cidade que nunca dorme, Brooke desperta para uma vida completamente nova. Scott Abrams é o amor da vida de Brooke. Mas ele ainda não sabe. Então, quando sua família se muda para Nova Iorque no verão, antes do terceiro ano, Brooke só tem uma escolha: seguir Scott. É sua última chance de provar que eles pertencem um ao outro. Mas a cidade está cheia de surpresas para Brooke. Desde que teve um trauma familiar, ela está isolada da sua família, dos seus amigos e até de si mesma. Agora, inspirada pela energia emocionante da cidade movimentada e criativa ao seu redor, Brooke começa a explorar seus talentos e se torna uma pessoa que nunca sonhou que seria.
E, então, o que ela vai fazer quando seu sonho de amor finalmente se realizar, mas ela quiser algo a mais?

     Quando terminei de ler esse livro, fiquei com aquela sensação de que ficou tudo bem com a personagem e que ela conseguiu se realizar na vida. Já aconteceu isso com vocês? Comigo acontece às vezes. Tem livros que eu acho que os personagens vão se dar super bem. Outros que eles vão se ferrar muito ainda antes de serem felizes. Ou infelizes (Caleb, Divergente. Infeliz para sempre, rs!). Outros eu simplesmente não sinto nada, acabou o livro, acabou. E esse eu tive essa sensação, que a Brooke ficaria bem.

      Encontramos nesse livro a história de Brooke, uma mina muito legal e sonhadora. Ela acredita piamente que Scott é o amor de sua vida, e no último dia de aula durante a confraternização, eles se falam rapidamente. Ela fica surpresa por ele ter ido falar com ela e ainda por cima por saber seu nome, e isso faz com que ela tenha mais certeza que eles nasceram um para o outro. Quando ela descobre que Scott está de mudança para Nova Iorque, ela decide ir atrás dele. Resolve que está na hora de fazer as pazes com seu pai, afinal, ele morava em NY.

     Brooke e sua mãe moravam juntas desde o divórcio, e a menina nunca quis saber do pai. Ele lhe escrevia, ligava, mas, ela nunca atendia suas ligações ou respondia seus e-mails, e quando ela pediu para morar com o pai, ele ficou feliz e surpreso. Arrumou o escritório de seu apartamento e transformou em um lindo quarto para sua filha. A mãe se sentiu traída, mas, não impediu a filha de ir morar com o pai. Chegando em NY, Brooke se viu em uma cidade grande e com uma liberdade que ela não tinha em sua casa, e já no primeiro dia de aula, se encontrou com Scott. Como possuía ótimas notas, seus professores acharam que seria uma boa ela ser monitora de um aluno chamado John, que era querido, amigo, fofo e disléxico.

Imagem MLC
     John e Brooke desenvolveram uma amizade, ele se interessou por ela logo de cara, mas, como seu foco era Scott, ela nem notou, porém, adorava passar tempo com John, amava sua companhia, conheceu sua família, e descobriu lugares incríveis em NY. John tinha o hábito de observar caixas d’água elevadas, o que fez com que a garota se interessasse mais sobre a cultura nova-iorquina e sobre urbanização. Ela se encantava com como John apesar de toda sua dificuldade de aprendizado era tão otimista e como amava olhar para cima – literalmente. Ele e Brooke subiam em prédios para observar as caixas d’água e para obterem um pouco de privacidade em suas aulas e conversas.

“Nem me ocorreu assistir ao pôr do Sol desde que me mudei para cá, já que o horizonte está sempre bloqueado pelos prédios. Mas não aqui em cima. Aqui em cima é outra dimensão.
– Ahá! – John aponta para a caixa d’água elevada, com a torre mais grossa. – Entende por que a mais grossa reina?
Ele tem razão. Ela está refletindo o pôr do Sol, irradiando vermelho e rosa.
– É impressionante o que você vê quando olha para cima – diz ele. – Sempre olhe para cima!
– “Sempre olhe para cima!”. Adoro isso.” (pg. 91)

     Com John, Brooke aprendeu mais sobre si mesma e seus sentimentos do que em sua vida toda, e agora que tudo estava diferente, suas prioridades também mudaram um bocado. Ela já não era mais a menina besta que tinha ido para NY atrás de um garoto, mas, ela estava se tornando a adulta responsável que ela nunca imaginou que seria.

Só tenho a dizer que esse livro é muito fofo, gente, eu gostei muito e super recomendo!

Bem Mais Perto – Acordando Para uma Vida Nova (So Much Closer) – Susane Colasanti. Editora Novo Conceito, 236 páginas.